segunda-feira, 1 de agosto de 2011

DEPUTADOS RETOMAM ATIVIDADES AMANHÃ. TEMAS DEVEM CAUSAR POLÊMICA

Edição de 01/08/2011 





O recesso parlamentar terminou ontem, mas na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) as sessões ordinárias só serão retomadas amanhã. A pauta de projetos não é antecipada, diferentemente dos temas polêmicos que devem provocar debates em plenário e são antecipados pelos deputados. A divisão do Pará, o conflito fundiário em Barcarena, a violência e a nova exploração de Serra Pelada são alguns deles.
A sessão de amanhã começa às 9h com a abertura do horário para discursos feitos da tribuna. Para alguns deputados, há assuntos que estão na ordem do dia e não poderão passar em branco na primeira semana do Legislativo, como o plebiscito sobre a criação dos Estados do Carajás e do Tapajós. "Vamos ter debates sobre a questão territorial. É importante porque as regras ainda não estão estabelecidas, a sociedade não sabe quais são os efeitos. A Alepa não poderá vir a reboque", assegura o deputado José Megale, líder do PSDB na Alepa.
Para o deputado João Salame (PPS), integrante da frente parlamentar pró-divisão, é preciso discutir a forma como a campanha vem sendo feita para se evitar a xenofobia. "Espero que a gente não permita a campanha agressiva porque não podemos dividir antes do plebiscito", defendeu. Ele pretende levar essa discussão para a audiência que será realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, na próxima sexta-feira.
Para o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL), o debate deve envolver o governador Simão Jatene porque considera importante que ele se posicione sobre a divisão. Integrante da frente parlamentar contrária à divisão, Edmilson defende que o discurso do governador deve ser contrário por causa das consequências da criação dos novos Estados. Ele argumenta que Carajás e Tapajós nascerão dominados pelo latifúndio e pela gestão empresarial sobreposta à governamental.
Edmilson revelou que, ainda esta semana, proporá à frente parlamentar uma programação de visitas aos veículos de comunicação e ao governador. Também pedirá a realização de audiência pública para a discussão dos conflitos fundiários vividos por famílias que ocupam terrenos da extinta Codebar, em Barcarena.

Fonte:Jornal Amazônia

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