sexta-feira, 18 de março de 2011

Ex-SECRETÁRIO ACUSA IGEPREV DE AGIR POR MOTIVAÇÃO POLÍTICA

O coronel Pantoja Júnior, que exerceu o cargo de chefe da Casa Militar do governo Ana Júlia (PT), acusa frontalmente o Instituto de Gestão Previdenciária (Igeprev) de negar-lhe a concessão de um direito líquido e certo - a incorporação de um DAS aos seus proventos de aposentado -,movido por inspirações de ordem política.
"O Igeprev do Jatene está travando indevidamente comigo uma briga pelo simples fato de ter sido chefe da Casa Militar da Ana Júlia", diz Pantoja Jr., em mensagem enviada ontem à noite ao Espaço Aberto.
No e-mail que remeteu ao blog, o coronel conta que sofre de uma doença grave: um carcinoma renal que agora se manifestou na pleura, configurando assim um processo de metástase. Para se tratar, ele precisa de um remédio que custa R$ 8.500. O medicamento, de uso contínuo, é consumido num ciclo de 45 dias.
Segundo Pantoja Jr., com a recusa manifesta do Igeprev em incorporar o valor referente ao DAS aos seus proventos, ele se vê sem condições financeiras de se tratar. "Se o Igeprev me pagasse o que tenho direito, e não os 50% que está me pagando, eu poderia comprar meu remédio", diz o coronel.
Ele cita nominalmente o presidente do Instituto de Gestão Previdenciária, José Cláudio Couto Salgado, e a gerente de Concessão de Benefícios, Rosilene das Neves Rabelo, de criarem obstáculos para que seja viabilizado o pleito que já formalizou. "O que mais me desencanta é ter que entrar na Justiça para ter um direito líquido e certo. Talvez isso seja para o Pará crescer de novo, com Jatene de novo?", critica o coronel.
No dia 28 de fevereiro passado, Pantoja Jr. protocolou no Igeprev um documento em que relata sua situação e diz estar sofrendo prejuízos de ordem financeira e moral, porque o Instituto nem lhe apresenta um solução e nem informa corretamente sobre o que está se passando.
Num segundo documento, com data de ontem, mas que deverá ser protocolado nesta quinta-feira, Pantoja Jr. faz um desabafo dramático: "Sr. presidente, é humilhante para um funcionário público, que trabalhou o tempo necessário e que foi transferido para reserva remunerada por tempo de serviço, sem ter tirado licença médica, de repente se ver acometido de metástase de um câncer e não ter ao final do mês o dinheiro necessário de seus proventos para sobreviver. Cabe ressaltar que a Junta de Saúde julgou este peticionário incapaz (vide cópia em anexo), documentação esta que será remetida ao Igeprev pela diretoria de pessoal da PM. Diante do exposto, só me resta, portanto, duas opções: comer e morrer do câncer ou tratar o câncer e morrer de fome."

Extraído do Blog espaço aberto:

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